Plano de Mobilidade propõe 60 km de ciclovia em Anchieta
O secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), João Coser, esteve em Anchieta, no litoral sul do Estado, nesta sexta-feira (04), para entregar oficialmente o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável e Projetos Estruturantes (PlanMob) ao município. A solenidade aconteceu no Centro Cultural da cidade e contou com a presença de autoridades locais e representantes dos moradores. O prefeito de Anchieta, Marcus Assad, comemorou a entrega. Para ele, o plano vai orientar a ação do poder público municipal.
O objetivo do PlanMob é contribuir para a melhoria da mobilidade no espaço urbano, conciliando as funções de circulação de pessoas e bens, a acessibilidade e a vivência, construindo, assim, cidades mais ‘amigáveis’ e seguras.
Diagnóstico
A especialista em políticas públicas e gestão governamental da Sedurb, Milena Paraíso, que coordenou a elaboração do plano, apresentou os resultados para o município de Anchieta. Segundo ela, a elaboração das propostas contidas no Planmob levou em consideração a existência de dois cenários futuros, um com o crescimento seguindo a tendência histórica do município, outro prevendo a expansão de pólos industriais. “As intervenções propostas para os dois cenários são complementares”, destacou.
Das ações apontadas como prioritárias, um dos destaques é a implantação de 60 Km de ciclovias. Outra ação prioritária é a reorganização da região central do município de forma a possibilitar maior circulação de pedestres e ainda a implantação de binário que se forma nas avenidas Joaquim Ramalhete e Marechal Floriano.
Em longo prazo, a indicação é a criação de alternativas de contorno rodoviário que reduzam ou eliminem o tráfego de passagem, que atualmente atravessa a área urbana da cidade. A Rodovia Estadual 060 é uma dessas possibilidades. No cenário de expansão industrial, a criação de vias estruturais se intensifica.
Planejamento
Segundo o secretário João Coser, o plano pensa a cidade do presente, mas com um olhar na cidade do futuro. “Nossas cidades não foram planejadas no passado e cresceram de forma desordenada. Agora estamos buscando formas de reorganizá-las e prepará-las para o futuro”.
O secretário explicou que Anchieta tem potencial econômico, turístico, e uma perspectiva de crescimento muito acima da média de outras cidades. “Mas se não cuidarmos disso hoje, teremos grandes problemas no futuro. Daí a importância do plano, uma vez que indica alternativas para não comprometer a sustentabilidade da cidade”, afirma.
Coser lembrou que o plano é instrumento de gestão que auxilia a administração municipal para que as intervenções aconteçam de forma planejada. “Mas nem sempre as intervenções são complexas. É preciso pensar a cidade de forma diferente. Promover uma mudança de comportamento, às vezes, é mais desafiador do que fazer uma obra física”, destacou o secretário.
O prefeito de Anchieta Marcus Assad afirmou que o município desejou ser contemplado pelo Governo do Estado com o Planmob. “E hoje estamos aqui, recebendo a consolidação desse trabalho. Esse é um momento muito feliz para Anchieta”, destacou.
A qualidade do trabalho executado pelo Governo do Estado foi ressaltada pelo prefeito, que destacou ainda a importância da participação da sociedade civil. “São mudanças de médio e longo prazo que vão direcionar o nosso trabalho na área de mobilidade urbana”, afirmou.
Marcus Assad explicou que administração municipal já está realizando ações com o objetivo de melhorar a mobilidade em Anchieta. Como exemplos citou a licitação da rodoviária que vai organizar o transporte coletivo, a ciclovia da orla, o projeto e ciclovia de Anchieta a Praia de Castelhanos, e calçadas cidadãs.
PlanMob
A elaboração do documento foi uma ação do Governo do Estado, por meio da Sedurb, visando instrumentalizar e apoiar tecnicamente Aracruz e outras cinco cidades polos do Estado na construção de seus planos de mobilidade.
Os planos atendem, ainda, ao que determina a Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei Federal 12.587/12), que condiciona a liberação de recursos orçamentários federais destinados à mobilidade urbana a municípios que tenham o documento.
Cada plano foi construído em sete etapas e envolveu membros da sociedade civil e de representantes dos poderes Executivos, Legislativo e Judiciário. A participação social foi um dos pontos altos do processo.
A proposta dos planos de mobilidade urbana é promover a equidade, a segurança e a acessibilidade, além da eficácia e da eficiência no uso do espaço público de circulação por pedestres, os meios de transporte não motorizados, os automóveis particulares e o transporte público.
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