Seminário debate soluções para cidades inteligentes e sustentáveis
A governadora do Estado em exercício, Jaqueline Moraes, participou, do I Seminário Internacional de Cidades, em Vitória, nesta sexta-feira (08). Com o objetivo de apresentar experiências locais, nacionais e internacionais na área de infraestrutura para as cidades e para melhorar a qualidade de vida de quem mora nelas, o evento foi realizado pela Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), em parceria com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).
O evento, que contou com a parceria do Sebrae-ES e da Ethos Soluções, reuniu cerca de 200 pessoas, entre representantes das prefeituras, servidores, técnicos, arquitetos, engenheiros, estudantes e interessados na área de infraestrutura urbana.
Em sua fala, Jaqueline Moraes destacou que o desenvolvimento tecnológico é pauta do Governo do Estado. “Para realizar uma gestão eficiente, com retorno à população, é preciso pensar com a inovação. Espaços como este oferecem a oportunidade de reunir conhecimentos e novas tecnologias para geração de resultados. O Estado é fomentador de políticas públicas, mas são as pessoas que geram riqueza, e elas são o reflexo das ações do Governo. Por isso, a infraestrutura urbana deve ser aplicada com esse objetivo, melhorar a vida das pessoas em suas comunidades”, disse.
Segundo o secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, Marcus Vicente, uma das formas de buscar soluções inovadoras e inteligentes e que estão dando certo é olhar para cidades que assim agiram e alcançaram resultados satisfatórios. “Nosso objetivo com este evento é despertar em todos os atores envolvidos no processo urbanístico o que podemos fazer e fazer bem feito, construindo cidades inteligentes e sustentáveis com soluções inovadoras com o olhar naquilo que já foi feito e deu certo mundo afora, preservando nossos valores sociais e culturais”, destacou.
Cidades inteligentes
A transformação urbana em Medelín, na Colômbia, foi um dos exemplos apresentados no seminário pelo consultor colombiano Gérman Mesa, que destacou a importância de se planejar a infraestrutura das cidades:
“Nós, nos países latino-americanos, temos o costume de fazer obras às pressas para cumprir agendas políticas, e essas obras por vezes são engrandecidas e mal executadas. O dinheiro público é sagrado. É preciso planejar para não desperdiçar e investir corretamente. Os cidadãos têm que fiscalizar para ver se o dinheiro público está sendo corretamente investido. Além disso, deve se pensar em qualidade de vida, levar os mais pobres também aos lugares mais bonitos”, pontuou.
Os modelos aplicados no estado do Paraná também foram apresentados pelo superintendente do Paranacidades, Álvaro Cabrini. “O Paranacidades é uma autarquia pública que empresta recursos aos municípios para fazer transformações na área do desenvolvimento urbano. No Paraná, buscamos atender, de fato, às necessidades das pessoas com obras e ações voltadas ao desenvolvimento. Além disso, os projetos têm que ser sustentáveis. Cidades inteligentes não necessariamente têm que ser tecnológicas. Elas devem levar as pessoas para as ruas, deixar as cidades seguras e acessíveis aos cidadãos”, explicou.
O Espírito Santo também está voltado para a construção de cidades inteligentes e inovadoras. As ações capixabas foram apresentadas pelo diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, Luiz Paulo Vellozo Lucas. “Temos que pensar em cidades inteligentes não só com aplicativos de celular. Temos que ter cidades saudáveis e desenvolvidas, com progresso e qualidade de vida. No Governo do Estado buscando trabalhar de forma multisetorial e regional, pensando no desenvolvimento econômico, ambiental e social, com inclusão e sustentabilidade”, apontou.
As vias urbanas também impactam na qualidade de vida das pessoas. De acordo com Alexsander Maschio, idealizador do projeto Ruas do Futuro, é preciso pensar nas vias priorizando as pessoas e outras formas de transporte, não apenas os carros, além de se pensar no custo de manutenção, não apenas no de execução. “Podemos criar vias que fujam do obvio, do que estamos acostumados, como é o caso de Blumenau. Trabalhando com o concreto permeável, por exemplo, o que auxilia na drenagem”, sugeriu.
As calçadas foram pauta da palestra da gerente da área de cidades da ABCP, Erika Motta. “As cidades são complexas, os recursos são escassos e o planejamento é essencial. Trouxe hoje experiências bem-sucedidas de calçadas como em São José dos Campos. Calçadas são importantíssimas, pois são o principal modal. Mais de 40% da população anda a pé. Precisamos fortalecer esse modal envolvendo diversas esferas do poder executivo, além da sociedade”, frisou.
Para finalizar o evento, o professor e pesquisador da Universidade de Vila Velha (UVV), Givanilton Ferreira, falou sobre vazios urbanos. “Os vazios urbanos são espaços não construídos e não qualificados como áreas livres no interior do perímetro urbano de uma cidade. São espaços que não realizam uma função social. Quanto mais vazios urbanos existem, maior é o custo da cidade. Ocupar esses vazios com sustentabilidade baixa o custo de investimento em infraestrutura urbana”, ressaltou.
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