05/11/2008 13h35 - Atualizado em 18/08/2015 10h50

Governo repassa mais R$ 2,2 milhões para obra de revitalização da Avenida Carlos Lindenberg em Vila Velha

Mais R$ 2,2 milhões estão sendo repassados, nesta semana, para o município de Vila Velha, para a continuidade das obras de revitalização da Avenida Carlos Lindenberg, no trecho entre a Transportadora Continental, no bairro Cobilândia e o entroncamento da Rodovia Darly Santos.

Essa é a segunda parcela do total de R$ 10 milhões que estão sendo investidos pelo Governo do Estado no município, por meio da Secretaria de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb). O investimento total é de R$ 11.860.433,38, sendo a diferença, contrapartida do município.


foto: Romero Mendonça/Secom


O secretário Paulo Ruy disse que a revitalização do trecho vai melhorar a mobilidade urbana e a qualidade de vida de quem utiliza a via.


As obras de drenagem, pavimentação e revitalização de quase dois quilômetros de extensão tiveram início em abril deste ano e irão beneficiar os motoristas que trafegam por esta importante via construída em 1951, durante o governo Jones dos Santos Neves. Todas as baias de ônibus existentes nesse trecho serão substituídas por novas, favorecendo a população que utiliza o transporte urbano. O convênio firmado entre o Governo do Estado e o município de Vila Velha, prevê o repasse dos recursos em quatro parcelas.

Para o início das obras foram destinados R$ 2,8 milhões. “A liberação das parcelas é realizada seguindo o cronograma de execução das obras”, explica o engenheiro e gerente de Melhoramentos Urbanos da Sedurb, Jorge Manoel Ramos, que é também o responsável pelo acompanhamento da aplicação dos recursos.

“Além do cronograma, existem outras condicionantes para que o repasse do recurso seja feito. Estamos repassando a segunda parcela nesta semana, pois o município propôs alterações no projeto que tiveram de ser analisadas para que, entre outras coisas, certificássemos de que não haveria perda de qualidade no resultado da intervenção que está sendo feita”, ressaltou.

As modificações foram necessárias, principalmente em função das tubulações de gás, adutoras da Cesan e cabos de fibra ótica existentes sob o asfalto. “É necessário que se façam Estudos de Interferência para que esses dispositivos não sejam danificados com a realização da obra”, explicou.

O secretário de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano, Paulo Ruy Valim Carnelli, ressalta que, com esse investimento, o Estado está contribuindo para que sejam promovidas melhorias na qualidade de vida de quem utiliza a Avenida Carlos Lindenberg. “Essa Avenida, por onde trafegam milhares de veículos leves e pesados diariamente, sofreu, ao longo dos anos, com a deterioração e a falta de investimentos para a sua conservação. Com a realização dessa obra, a mobilidade urbana e a qualidade de vida de quem utiliza essa via serão melhoradas significativamente”, concluiu.

Nova estrutura


A obra contempla o trecho entre a Transportadora Continental, em Cobilândia, até o entroncamento da Rodovia Darly Santos, numa extensão de 1.960 metros de extensão. A nova estrutura prevê três pistas para veículos com 3,5 metros de largura, sendo uma preferencial para ônibus, uma para veículos de tráfego pesado, e outra para veículos de tráfego leve.

A avenida ainda receberá ciclovia e calçadas com três metros de largura e estacionamentos de 2,50 metros em vários trechos, melhorando a mobilidade de todos os usuários. Também será construído um sistema de drenagem com alargamento em áreas onde ocorrem grandes alagamentos, como é o caso do trevo da Darly Santos.

História


A via foi construída durante o governo de Jones dos Santos Neves, com pista simples, sem acostamento e com cerca de 10 quilômetros. Foi inaugurada durante as comemorações do 4° centenário de Vitória, em 08 de setembro de 1951, tendo sido o primeiro trecho efetivamente asfaltado no Espírito Santo. Ainda sendo uma rodovia, recebeu o nome em homenagem ao ex-governador Carlos Lindenberg.

No governo Arthur Carlos Gehardt (1971 a 1974), a Rodovia Carlos Lindenberg foi duplicada, passando a ter nove metros de pista em cada lado, com acostamentos de, em média, dois metros de largura. Alguns trechos têm acostamento reduzido, como o que vai do bairro Santa Inês até a Glória.

A função da rodovia era criar uma espinha dorsal para sustentar o sistema viário do município, permitindo o acesso a diversos bairros das regiões continental, central e litorânea de Vila Velha. Além disso, substituiu o antigo caminho, que passava por Aribiri e saía no bairro São Torquato.

O sistema de drenagem na época foi criterioso, considerando ser a região plana e baixa e atendendo ao que era proposta até então. Com o crescimento da região, a via foi afetada, especialmente em períodos de chuva.

Até a década de 1950, o transporte coletivo era feito por meio de bondes, inaugurados em 1912, constituindo um marco romântico na vida da população. O bonde foi de grande importância para os capixabas, em especial para os moradores Vila Velha. A construção da Ponte Florentino Avidos, inaugurada em 1928, também é considerada um dos marcos do desenvolvimento urbano da Região Metropolitana.

A partir de 1951, com a inauguração da então Rodovia Carlos Lindenberg, começou o declínio do transporte por bondes e a população passou a dar preferência aos ônibus. Desde 1998, passou a ser Avenida, depois de ser municipalizada, não fazendo mais parte do sistema rodoviário estadual.

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