14/02/2011 15h36 - Atualizado em 18/08/2015 11h06

Mapeamento de áreas de risco e plano de emergência vão nortear ações do Governo para prevenção de desastres

O governador Renato Casagrande recebeu o secretário de Políticas e Programas de Pesquisas e Desenvolvimento do Ministério da Ciência e Tecnologia, Carlos Nobre, na manhã desta segunda-feira (14), acompanhado do chefe da Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Carlos Frederico De Angelis, para debater o mapeamento das áreas de risco e o plano de emergência em caso de eventos naturais, agora em estudo no Brasil.

O Governo do Espírito Santo já instalou o Comitê de Emergências Climáticas, que trabalha a elaboração de um Plano Estadual de Contingência para Resposta e Prevenção a Eventos Hídricos Extremos. O Estado também estuda a proposta de integrar a rede de 24 radares meteorológicos espalhados pelo País, que auxiliam na antecipação de desastres causados pelas chuvas, principalmente nos casos que não podem ser antevistos pelos satélites ou pelos equipamentos mais comuns, como os pluviômetros.

Composto por diversos órgãos da administração, o Comitê foi representado na reunião desta segunda (14) pelo vice-governador Givaldo Vieira, pelos secretários de Governo, Robson Leite, da Agricultura, Enio Bergoli, de Transportes, Fábio Damasceno, de Desenvolvimento Urbano, Iranilson Casado, da Ciência e Tecnologia, Jadir Pela, da Educação, Klinger Barbosa, de Planejamento, Guilherme Pereira, do chefe da Casa Militar coronel Hélvio Andrade, do coordenador da Defesa Civil Estadual, tenente coronel Edmilton Ribeiro Aguiar Junior, do presidente da Cesan, Neivaldo Bragato, do presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo e de técnicos de todas as áreas afins.



A Defesa Civil Estadual fez uma pequena apresentação da atuação do órgão, acompanhada de um balanço de equipamentos e material humano à disposição para atuar no Estado. Em seguida, o chefe da Divisão de Satélites do INPE, Carlos Frederico, mostrou a situação nacional em relação à distribuição dos equipamentos em funcionamento e áreas de abrangência dos satélites meteorológicos. Frederico também salientou que o radar meteorológico detecta as chamadas “chuvas quentes”, comuns no litoral do Brasil. “Essas chuvas são formadas num tipo de nuvem pesada, mas sem extensão vertical, ou seja, não são profundas e são baixas, invisíveis aos satélites”, explica.

O secretário Carlos Nobre destacou que, antes de investir em equipamentos e tecnologia, é essencial que os estados se preparem com um detalhado mapeamento de áreas de risco e um plano de emergência em caso de eventos extremos causados pela chuva. “O Ministério da Ciência e Tecnologia está preparando uma equipe própria para cuidar do assunto e, como o Espírito Santo foi um dos estados que primeiramente manifestou interesse, estaremos dispostos a ajudar, inclusive com a opinião técnica de funcionários do INPE. Os municípios que já fizeram um mapeamento das áreas em risco podem servir de modelo e participar de testes do Sistema Nacional de Alertas de Desastres, a ser implantado pelo Governo Federal”, disse.



Segundo o secretário o funcionamento da proposta inicial do Sistema deverá ter início em outubro de 2011, antes do início do período de chuva. Carlos Nobre acredita que o ideal é começar o trabalho do Sistema nos municípios que já possuam um bom mapeamento de riscos, que representam um número de 40 a 50 localidades em todo o País. “Gradativamente vamos expandir a cobertura desse Sistema de Alerta para todos os municípios do Brasil que possuam áreas em risco”, explicou.

Durante a reunião, o vice-governador Givaldo Vieira sugeriu que o Ministério da Ciência e Tecnologia envie uma equipe técnica para auxiliar a Defesa Civil e apresentar ao Governo o modelo de mapeamento das áreas de risco, para que o Estado possa seguir o padrão do Governo Federal. "É importante que a Defesa Civil Estadual estreite o contato com as equipes do Ministério para que possamos identificar as regiões mais vulneráveis e acelerar o processo de prevenção e resposta a desastres naturais extremos", afirmou o vice-governador.

O governador Renato Casagrande determinou que o grupo de trabalho capixaba inicie os trabalhos de auxílio aos estudos preliminares em pelo menos 20 municípios que apresentem características favoráveis à ação de fortes chuvas, que acontecem sempre durante o verão no Espírito Santo. “Temos que iniciar o nosso planejamento de prevenção com os planos de contingenciamento e determinar a ordem das prioridades no Espírito Santo. Após esse trabalho, como orientou o secretário Carlos Nobre, vamos começar a discutir a inclusão de mais tecnologia, inclusive buscando parceiros para avaliar a possibilidade da implantação, manutenção e operação de um radar meteorológico próprio no Estado”, disse.

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